quarta-feira, 18 de julho de 2012

GUSTAVO FELICÍSSIMO (1971- )


Gustavo Felicíssimo é natural de Marília, in­terior de São Paulo, radicando-se na Bahia a partir de 1993. Reside desde janeiro de 2007 em Itabu­na. Escritor e empreendedor cultural. Graduando do curso de Letras (UESC). Possui artigos publicados em importantes revistas, jornais e sites literários, entre os quais citamos: Jornal A Tarde, Revista O Escritor (UBE), e os sites www.cronopios.com.br e www.revistazunai.com. Em 2005, fundou em Salvador, juntamente com ou­tros escritores, o tablóide literário SOPA, do qual foi seu editor. Participa como representante da Bahia na 1ª Conferência Nacional de Cultura, 2005. 2006 – Promoveu o encontro literário SOLTAN­DO O VERBO, em Salvador, durante oito semanas consecutivas, no Restaurante Extudo, onde recebeu 16 escritores para falarem sobre suas obras e ques­tões fundamentais ligadas à literatura. 2007 – Começa a atuar como preparador de textos para diversas editoras. Colaborado com a publica­ção de: Firmino Rocha: Poemas escolhidos e inédi­tos, Via Litterarum. Inicia como colunista do jornal Agora, de Itabuna, atividade que mantém até o ano seguinte. Colabora, em 2008, com a publicação dos seguintes livros: Plínio de Almeida: poesia reunida, Editus; e Rascunhos do Absurdo, de Jorge Elias Neto, Editora Flor & Cultura, Espírito Santo. 2009. É organizador do livro Diálogos: Panorama da nova poesia grapiúna, Editus/Via Literarum. Em 2009, torna-se Diretor de Projetos da Fundação Cultural de Ilhéus. Já em 2010, a publicação da 2ª Edição de Diálogos: Panorama da Nova Poesia Grapiúna. Funda, em 2011, a convite do Teatro Popular de Ilhéus, a Mondrongo Livros. Tem publicado Outros Silêncios. Faz importante palestra no 23º Encontro Nacional de Haicaístas. 2012, funda a revista literária TOCAIA, da qual é um dos editores. Entre muitos prêmios que recebeu ,encontram-se: Prêmio Bahia de Todas as Letras em duas categorias: Poesia e Literatura de Cordel (2009). Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel (Minc, 2011). Menção honrosa no Prêmio Cataratas de Contos (PR). Teve o conto O amigo de Caymmi selecionado para publicação na coletânea do Prêmio Maximiniano Campos de Contos (PE).  Prêmio Yoshio Takemoto de Literatura (SP) em duas categorias: Poesia e Conto, em 2012. Seu mais novo livro de poemas é Procura e outros poemas, também pela Mondrongo.







ELEGIA PARA ALBERTO DA CUNHA MELO


Outro chope, garçom,
sentimos sede porque a realidade é fuga
e fugaz o tempo se apresenta.
Sentimos sede porque a realidade é crua
e terríveis os seus desdobramentos,
tão terríveis quanto a razão que contraria a fé,
a vida envolvida em mistérios
e essa vertigem que me oferece este poema.
Ah, como é triste a condição humana!
Como é triste o horizonte que nos margeia.
Contudo, não será capaz o crepúsculo de evitar o gênio,
por isso essa Elegia no ventre da noite,
esse copo de chope, o linguajar vulgar.
Por isso, Alberto, os seus poemas insistem.
Neles me reconheço e me edifico,
uma vez que o tempo gasto
com inúteis procelas não nos alimenta,
pois em essência somos feitos de suavidade e compaixão.
Eu sei não ser preciso outro poeta eivá-lo de loas,
mas quiseram as Musas que fosse assim,
quiseram os anjos
e a pomba pousada sobre os livros sagrados
[que fosse assim.
Próximo aos teus poemas não tenho horário
ou percebo o tempo esvair,
próximo aos teus poemas o momento é outro
e outras são as formas do existir,
próximo aos teus poemas tenho a lua, os pélagos,
próximo aos teus poemas estou mais próximo de todo Ser.
Agora vai, viaja no infinito que a despedida é dispensável,
leva consigo as nuvens e o silêncio das borboletas,
leva no coração os dias floridos
enquanto ficamos aqui, vivendo essa Casa Vazia.



***


SENDA


Sou como o invisível céu
que não vos inspira cuidados,
pois retorno depois das névoas
sobre os campos abandonados;

sou finito e celebro o fogo
infindável do grande jogo

a nos enlaçar a garganta;
creio no vórtice da voz
sacrossanta que a tudo encanta;

trago os haveres desse mundo;
sou terra, sou campo fecundo.



***



HAI-KAI

...o vento de outono
como um pássaro que passa
partiu sem adeus...


2 comentários:

  1. Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente na semana passada (03/06/2016)e o papo foi tão intenso e agradável como há muito não encontrava em alguém; que mal tivemos tempo de nos apresentar, muito menos de trocarmos números telefônicos. Que Deus abençoe e lhe proporcione o sucesso que vc indubitavelmente merece. Se ainda visitar esta página me ligue (73 98826-0450 tb WS). Aqui estive em busca de melhor conhecer vc e fico satisfeito com a sua trajetória e luta. Parabéns!!! Um grande abraço deste novo amigo que deseja conhecer melhor a sua cabeça cultural! Ranzaro

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